Democracia à beira do abismo
O país acordou, uma vez mais, perante uma noite eleitoral que nos obriga a parar e refletir. Os resultados das legislativas de 2025 não são apenas números: são sintomas de algo mais profundo. São o espelho de uma democracia cansada, fragmentada e cada vez mais exposta ao risco da radicalização.
Em seis anos, o sistema partidário português sofreu uma transformação que poucos previram com esta rapidez. Em 2022, o Partido Socialista (PS) alcançava uma maioria absoluta histórica, com mais de 2,3 milhões de votos. Hoje, regista um dos seus piores resultados: menos de 1,4 milhões. Não é apenas uma derrota eleitoral, é o reflexo de um ciclo político esgotado, que falhou em renovar-se e em responder às exigências de um eleitorado cada vez mais exigente e volátil.
Ao mesmo........
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