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Os desafios da mobilidade na AM Porto

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27.05.2025

A Área Metropolitana do Porto (AMP) é a principal centralidade do Noroeste Ibérico. O crescimento de passageiros do Aeroporto Francisco Sá Carneiro e a chegada da Alta Velocidade reforçam a sua centralidade, mas para manter a sua competitividade no contexto ibérico e europeu, é imperativo que o sistema de transportes acompanhe esta tendência.

A AMP começa a ter capacidade de gestão da mobilidade no seu território através de uma nova empresa (Transportes Metropolitanos do Porto) que, embora recentemente constituída, ainda está em processo de consolidação das competências necessárias para desempenhar um papel verdadeiramente relevante. Esta necessidade de reflexão e de capacidade de ação da AMP é contemporânea de uma dimensão demográfica em franco dinamismo, impulsionada pelo saldo migratório positivo. Esse dinamismo está a transformar a mobilidade e os territórios, confirmando-se isso pela hipermobilidade e pela diminuição dos períodos sem congestionamento, onde o prolongamento da hora de ponta nos dias úteis e o intenso tráfego durante o fim de semana no centro da metrópole são dois indicadores que revelam uma nova realidade.

Esta conjuntura está a ser acompanhada por uma política no lado da procura, onde os sistemas de bilhética, tendencialmente, migram para sistemas abertos e grátis. No entanto, a oferta não tem acompanhado estas mudanças, já que o sistema de transportes não recebe investimentos estruturais desde a crise de 2008. Acresce a isto, a hipermobilidade anteriormente referida e a ausência de planeamento, onde importantes agentes, como a IP, a CP, a Metro do Porto, a UNIR e a STCP, não estão inseridos num........

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