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AVC: prevenir e tratar bem é o melhor investimento

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22.07.2025

O AVC continua a ser a principal causa de morte e incapacidade em Portugal. A cada hora, três portugueses sofrem um AVC. Só em 2023, registaram-se mais de 31.000 internamentos por AVC, com uma taxa de mortalidade hospitalar de cerca de 15%. Entre os sobreviventes, muitos ficam com limitações significativas — físicas, cognitivas ou ambas. Estas consequências não afetam apenas os doentes, mas também as suas famílias, os sistemas de saúde e os cuidadores, traduzindo-se em custos sociais e económicos elevados, que incluem perda de produtividade, reformas antecipadas e necessidade prolongada de cuidados formais e informais.

À medida que a população envelhece e a carga do AVC aumenta, torna-se cada vez mais urgente investir em intervenções, médicas e organizacionais, que comprovadamente possam reduzir este impacto. Nas últimas décadas, registaram-se avanços significativos que permitiram tratar o AVC de forma cada vez mais eficaz, tanto no que se refere ao AVC isquémico (resultante da obstrução de uma artéria), como ao hemorrágico (provocado pela rutura de um vaso sanguíneo cerebral). Entre estas intervenções, destacam-se o internamento em unidades de AVC, os tratamentos agudos que visam restaurar rapidamente o fluxo sanguíneo cerebral, como a trombólise endovenosa, que dissolve o trombo com recurso a medicação, e a trombectomia mecânica, que o remove por via endovascular, bem como programas de reabilitação, essenciais para minimizar as sequelas que possam persistir apesar do tratamento inicial.

Ao reduzirem a mortalidade e a incapacidade associada ao AVC, estas........

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