Geração ansiosa: quanto custa ao SNS o País que não dorme?
A ansiedade deixou de ser um sintoma para se tornar o espelho da sociedade moderna. Em Portugal, dorme-se pouco, trabalha-se demasiado e sente-se mais do que se admite. O país que tanto fala de saúde física continua a ignorar a mente — e a pagar um preço cada vez mais alto.
Um país em exaustão
Segundo o Relatório Mundial de Saúde Mental 2023 da OMS, os casos de ansiedade e depressão cresceram mais de 25% desde a pandemia. Em Portugal, 1 em cada 5 pessoas apresenta sintomas de perturbação mental, revela a OCDE (2023). O filósofo Byung-Chul Han descreveu esta realidade como “a sociedade do cansaço”: indivíduos esgotados, permanentemente conectados, incapazes de parar. Portugal encaixa neste retrato. Trabalha-se até tarde, vive-se acelerado e descansar parece quase um pecado.
A juventude que não dorme
Nos jovens, o problema é ainda mais grave. Um estudo do programa “Mais Contigo” mostra que 45% dos adolescentes portugueses têm sintomas depressivos moderados ou graves. Outros dados indicam que 60% referem ansiedade persistente, um dos valores mais altos da Europa. A pressão escolar, a competitividade digital e a ausência de apoio psicológico tornam a escola um campo de batalha emocional. Como escreve o neurocientista Daniel Siegel, “um cérebro em stress crónico é incapaz de aprender”. Estamos a formar alunos produtivos — mas frágeis.
Um sistema nacional de saúde que não ouve
Portugal tem........





















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