Entre a gestão da segurança social e a segurança
Embora a União Europeia seja composta por 27 países diferentes, a realidade é que todos estão dependentes do governo central europeu, sendo forçados a seguir o seu ritmo e aceitar, de forma mais ou menos passiva, as suas soluções para problemas globais. Um dos mais evidentes tem sido o envelhecimento populacional, com consequências demográficas e económicas, nomeadamente a insustentabilidade dos sistemas de segurança social.
Durante o mandato de Pedro Passos Coelho, houve o reconhecimento de que a Segurança Social portuguesa era insustentável por razões demográficas. No entanto, ao contrário de momentos anteriores da História recente, havia uma proposta sólida e com provas dadas em países como a Suécia, a Holanda e a Dinamarca: o sistema de capitalização. Esta solução enfrentou forte resistência, não apenas pelo medo e incerteza dos cidadãos face à mudança, mas também pela oposição da extrema-esquerda, num período de difícil recuperação económica.
A capitalização total ou parcial da Segurança Social não avançou, e a falta de acção acabou por agravar o problema, não apenas em Portugal, mas em toda a Europa. Perante esta crise, a União Europeia adoptou outra abordagem: em vez de reformar os sistemas de previdência, apostou na imigração em massa........
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