Gestão do Risco na Construção
O risco pode ser definido como o efeito da incerteza sobre os objetivos, podendo este efeito ser positivo (oportunidade) ou negativo (ameaça).
Neste sentido, a gestão do risco é importante para permitir a adaptação contínua aos contextos específicos de cada projeto e organização, favorecendo os aspetos sobre os quais temos controlo, em oposição aos que não controlamos. Pretende-se assim antecipar e mitigar riscos previsíveis (e.g. relacionados com problemas técnicos, atrasos e custos adicionais) e reduzir a exposição a fatores imprevisíveis (e.g. variações económicas e meteorológicas), concentrando recursos e medidas nos pontos críticos sobre os quais temos influência. Para este efeito, a ISO31000, ao definir princípios, estrutura e processo para a gestão do risco, é a normativa de referência ao nível global.
No setor da Construção, os principais fatores de risco relacionam-se, entre outros aspetos, com a adjudicação ao preço mais baixo, que reduz a rentabilidade e a margem para imprevistos; a insuficiência ou ambiguidade contratual, que propiciam leituras erróneas ou mal intencionadas; as alterações frequentes ao projeto, que impactam em custos e prazos; as dificuldades no planeamento da obra, que abrangem imprevistos geotécnicos como solos instáveis ou águas subterrâneas; a envolvente macroeconómica, que inclui flutuações cambiais e variações nos preços das matérias-primas; as mudanças regulatórias, que compreendem o licenciamento de projetos e autorizações ambientais; a diversidade de........
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