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A paz a que temos direito

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13.06.2024

As eleições europeias trouxeram paz a Portugal.

Numas eleições que se caracterizaram essencialmente por empates diversos, o resultado mais relevante foi a promoção da tranquilidade para o nosso país.

Em primeiro lugar, o PS conseguiu uma vitória pouco relevante sobre a Aliança Democrática, que deu ao seu líder a sensação de ter finalmente ganho umas eleições e permitiu que afirmasse o seu partido como o maior em Portugal, o que não se pode naturalmente concluir de umas eleições com 63% de abstenção.

Contudo, esta possibilidade de se fingir vencedor permite-lhe, ao mesmo tempo, a assunção de que não vai querer eleições antecipadas pois facilmente as perderia e, aí sim, corria o risco enorme de ter tido uma muito curta carreira de líder do PS, sem sequer ter tido a capacidade de ser uma verdadeira alternativa a primeiro-ministro.

É bem sabido que derrotar Sebastião Bugalho, o jovem candidato com pouca experiência e alguns anticorpos, não é o mesmo que enfrentar o atual primeiro-ministro, que tem ganho sustentadamente uma fama de solidez e consistência, sério e trabalhador – o que já o colocou nas sondagens como um dos melhores primeiros-ministros de Portugal.

Por outro lado, a........

© Observador


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