Os Conjurados
Entre as datas que sustentam a consciência histórica de Portugal, poucas ressoam com a gravidade simbólica do 1.º de Dezembro de 1640. Nesse dia, a nação — após décadas de sujeição, erosão institucional e ameaça à sua identidade — retomou a posse de si mesma. Não se tratou apenas de um golpe de palácio ou de um episódio militar: foi a reafirmação de uma matriz civilizacional depurada ao longo de séculos, esse mesmo ímpeto fundador que, desde D. Afonso Henriques, moldara a vocação singular da pátria.
A crise que antecedeu o movimento restaurador não emergiu por acaso. Brotara lentamente desde Alcácer Quibir, intensificara-se com a extinção da linha directa da Casa de Avis, e consolidara-se com a integração de Portugal na Monarquia Hispânica. A chamada “união dinástica”, frequentemente tratada com benevolência por narrativas simplistas, significou, na verdade, um processo silencioso de dissolução política, administrativa e espiritual. A independência — que Portugal sempre vivera como destino e não como ornamento — encontrava-se suspensa; e a unidade do reino, ameaçada.
Foi neste cenário que a História convocou um punhado de homens cuja coragem atravessaria os séculos. Os Quarenta Conjurados — fidalgos, juristas, militares, servidores do Estado e da Igreja — representavam o nervo moral da nação. Entre eles destacavam-se Antão de Almada, Miguel de Almeida, D. Antão de Noronha, João Pinto Ribeiro, Estêvão da Cunha, Francisco de Melo, entre outros cuja........





















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