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A NATO e a defesa nacional 

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13.07.2025

A recente reunião da NATO, que reuniu 32 países em Haia e na qual todos assumiram (com exceção de Espanha) o compromisso de nos próximos 10 anos atingirem uma despesa de 5% do seu PIB com a área da Defesa, suscitou-me algumas reflexões que entendi resumir neste artigo.

No quadro europeu, esse desiderato da NATO acompanha a preocupação crescente dos países da UE com o prolongamento da guerra na Ucrânia e a “tentação imperial” de Putin. A transformação da Europa, de soft power em hard power na área militar, corresponde a um quadro de antecipação de um potencial escalar do conflito, ao mesmo tempo que obedece à vontade expressa por Trump de uma alteração no desequilíbrio orçamental até aqui sempre desfavorável aos EUA e a favor da Europa, no que toca ao investimento e à despesa.

Face aos múltiplos focos de conflito, existentes ou passíveis de virem a espoletar – na Ucrânia, no Médio Oriente, na Coreia do Norte e em Taiwan – pretende-se agora uma Europa que esteja forte e preparada para os cenários calamitosos que ameaçam um mundo onde, até agora e em abono da verdade, nós europeus estivemos quase sempre de braços cruzados à espera de que os Estados Unidos nos defendessem.

No fundo, o nosso comportamento até aqui justifica plenamente que o Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte,........

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