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Papa Francisco I, "o mentiroso" ?!?

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07.07.2025

Foi ontem mesmo que soube acerca do sucedido que motiva estas palavras. Porém, pela abundância das suas ressonâncias e réplicas informativas e eclesiais, bem como das opiniões dos canonistas, liturgistas, eclesiólogos e pastoralistas, parece que o que acabei por ter conhecimento ocorreu no Cretácico Superior.

Do que se trata? Como se pode ver no link que coloquei mais acima, apurou-se que as razões avançadas pelo nosso amado Papa Francisco I para publicar o documento Traditionis Custodes de 2021 (que ‘restringia’ o uso do “Missal Romano” de 1962) iam em sentido oposto às conclusões do estudo-síntese, da então Congregação da Doutrina da Fé [CDF], que teria servido para que esse Santo Padre entregasse a toda a Igreja Católica esse seu documento.

Na realidade, e com a publicação (in)discreta do resumo da averiguação feita, a pedido do Papa Francisco I, da síntese da opinião dos Bispos de todo o mundo sobre a implementação do texto Summorum Pontificum de 2007 e de Bento XVI, verificou-se que (ao contrário do sustentado pelo Papa Francisco I) estoutro texto (verdadeiramente profético e evangelizador) de Bento XVI não estava a criar problemas (exceto, provavelmente, em almas desalmadas).

Em concreto: a causar desunião na Igreja, a perturbar a vida eclesial, a desagradar aos Bispos do Mundo inteiro, a causar atritos com o papel da (entretanto, e tanto quanto sei, extinta) Comissão Pontifícia ‘Ecclesia Dei’ (responsável por ajudar a regular a implementação no terreno das indicações do nomeado texto de Bento XVI) e a afastar os jovens da participação litúrgica e do gosto por serem cristãos e sacerdotes.

Ou seja: tudo aponta (mas é apenas uma questão de ótica) para que tenha havido uma dissonância entre as fontes justificativas do texto de Francisco I e este mesmo texto, no que, de uma forma ou de outra, quiçá poderá diminuir o peso relativo desse texto. Acontece que a realidade é bem mais complexa (e a ela regressarei depois de uma rápida declaração de interesse).

Como já tive a ocasião de expressar por escrito, não se pode negar que houve abusos tremendos com a reforma litúrgica derivada do II Concílio do Vaticano. Contudo, isso não invalida, nem o seu valor, nem a........

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