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Leão XIV: Limando Arestas à ‘Sinodalidade’

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28.06.2025

Não há dúvida alguma que a ‘sinodalidade’, num dos milhares de sentidos que lhe foram dados, entusiasmou a Igreja Católica, os crentes Católicos e até os das demais denominações cristãs. Mas as suas primigénias célebres palavras ‘comunhão’, ‘participação’ e ‘missão’ foram, e ainda são, tão ambíguas que, desde logo, deram origem aos sobreditos milhares de sentidos. Foram, assim, anexadas a esse tríptico uma pletora de vocabulário que já daria para constituir um léxico (não etimológico-teológico), mas ‘sinodal’. E isto também num esforço de se mostrar que a ‘sinodalidade’ era a (única?) interpretação, seja da Constituição Dogmática sobre a Igreja do II Concílio do Vaticano, seja, inclusive deste mesmo como um todo.

Devido à dita ambiguidade, que dava para se dizer algo e ao mesmo tempo o seu oposto e num intento de clarificação que evitasse minimalismos e maximalismos, foram-se juntando àquele tríptico muitos mais termos e expressões como: ‘laboratório’, ‘escuta’, ‘diálogo’, ‘discernimento’, ‘unidade’, ‘decidir’, ‘colaboração’, ‘procedimento’, ‘modo de vida’, ’caminho’, ‘caravana’, ‘dinamicidade’, ‘esvaziar-se’, ‘tarefa’, ‘catalisador’, ‘colegialidade’, ‘carisma’, ‘método’, ‘coração’, ‘mentalidade’, ‘dimensão eclesial’ e, entre outras expressões e palavras que facilmente poderiam ser trazidas para aqui (como a estranhíssima e tão pouco analisada ‘assembleia eclesial’), inclusive ‘desígnio fundamental de Jesus Cristo’.

Bastava, chegou-se a pensar, fazer combinações de duas ou mais de tais, ou outras, palavras e expressões, para se ‘lançar os foguetes’ e ‘apanhar as canas’ que a celebração festiva desta redescoberta estava garantida. Não foi isso o que aconteceu. Basta ler, com........

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