O fim de uma era de liberdade?
Nasci em democracia. Vivi sempre com imprensa livre, sem censura nem medo. Mas os sinais que chegam dos Estados Unidos mostram que até as liberdades mais sólidas podem começar a ruir por dentro.
Não é novidade que a Administração Trump, desde o início do novo mandato em janeiro de 2025, tem adotado uma relação hostil com a comunicação social independente. Um dos primeiros passos foi congelar 268 milhões de dólares previamente aprovados pelo Congresso para financiar a USAID, agência que apoiava meios de comunicação não estatais e promovia a formação de jornalistas em vários países.
Pouco depois, Trump ameaçou o jornalismo de investigação ao sugerir a criação de uma lei que punisse jornalistas que utilizassem fontes anónimas. Um mês após a tomada de posse, a porta-voz Karoline Leavitt anunciou que a Casa Branca passaria a selecionar os meios de comunicação autorizados a acompanhar a agenda presidencial.
Mas as ameaças à liberdade de imprensa não ficaram por aqui. Em maio de 2025, os jornalistas deixaram de poder circular livremente no Pentágono, passando a precisar de autorização e escolta para se deslocarem no edifício. Áreas que antes eram acessíveis sem restrições tornaram-se totalmente interditas. Agora, os profissionais da comunicação ficam confinados à cafetaria e ao pátio.
Mais recentemente, Donald Trump ameaçou cancelar as licenças de rádios e televisões críticas do seu governo, o que levou a ABC, controlada pela Disney, a suspender temporariamente o programa de Jimmy Kimmel (felizmente apenas por seis dias, após fortes pressões do público e dos anunciantes), já depois de o programa de Stephen Colbert também ter sido........





















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