O Voto e o Vazio
As eleições mais recentes não nos trouxeram só novos rostos no Parlamento. Trouxeram-nos, acima de tudo, um diagnóstico — cru e direto — do estado em que está a democracia portuguesa. Num país cansado de promessas, de fórmulas gastas e de discursos reciclados, muitos eleitores usaram o voto como desabafo. Outros, como protesto. E muitos, demasiados, votaram já sem esperança — como quem preenche um formulário automático e segue em frente.
Os extremos capitalizaram esse cansaço. De um lado, a velha estrutura que se diz progressista, mas que se especializou em gerir o presente à custa do futuro — sempre pronta a distribuir, mas nunca a reformar. Do outro, o grito fácil, a política de memes e indignações instantâneas, feita para as redes e não para o país real. Prometem rupturas, mas oferecem apenas ressentimento.
Ora, entre esses dois polos há um espaço imenso. Um espaço onde se pode governar com exigência,........





















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