Rubens Menin detalha planos para Atlético, Inter e vinhos de Portugal
Rubens Menin, fundador da MRV, do Banco Inter e sócio majoritário da SAF do Clube Atlético Mineiro, é o entrevistado de hoje na temporada do Minas S/A Horizontes da Indústria Mineira, em todas as plataformas de O TEMPO.
À frente de um ecossistema que vai da construção civil ao mercado financeiro, futebol e à vitivinicultura em Portugal, Menin detalha os movimentos estratégicos que estão moldando o futuro de seus negócios.
No futebol, explica a estrutura da dívida do Atlético, diferenciando passivos de curto e longo prazo, destacando o avanço do saneamento financeiro até 2026.
O empresário fala ainda da expansão internacional do Inter, com operação prevista para a Argentina, e da consolidação da Arena MRV como hub de entretenimento, além dos desafios da indústria nacional e a importância do Sistema Fiemg representado pelo Sesi e Senai para a capacitação de mão de obra e novas tecnologias para a indústria.
A seguir, a entrevista de Rubens Menin e vídeo com a íntegra da conversa:
Tudo o que você faz acaba ganhando escala industrial. Recentemente, em uma palestra para milhares de jovens investidores na Arena MRV, você disse que toma "duas vacinas" todos os dias: uma contra a soberba e outra pela humildade. Por que essa persistência em manter os pés no chão após quase 50 anos de empreendedorismo?
A idade traz coisas boas e ruins, mas precisamos aprender com ela. Já vi muita gente perder tudo por causa desses dois sentimentos. A soberba e a vaidade tiram o bom senso, fazem você perder amigos, negócios e oportunidades. A vaidade é perigosa. Vivemos em sociedade e somos devedores dela. É preciso equilíbrio nessa relação com todos os públicos. No fim das contas, ninguém é diferente de ninguém; vamos todos terminar no mesmo lugar. Então, quanto mais equilíbrio e pé no chão, mais robustez os negócios ganham.
E isso envolve a relação com a sociedade, não é?
Vivemos em comunidade. O que diferencia o ser humano é saber fazer isso. Temos público de todo tipo. Graças a Deus, temos gente no Brasil que trabalha e pode comprar um apartamento da MRV, por exemplo. Todos nós somos devedores da sociedade. É preciso equilíbrio com todos os públicos. No fim, ninguém é diferente de ninguém. Vamos acabar todo mundo no mesmo lugar. O que for mais demorado, com saúde, melhor.
Rubens, você tem falado muito sobre o desafio dos juros. Vi uma postagem sua: Brasil com 15% de juros nominal e 10% de juros real, perdendo só para a Argentina. Isso está nos levando para um lugar ruim?
Esses juros no Brasil, os maiores do mundo, são crise encomendada. Pode escrever: nenhuma nação subsiste. Pega o rico, o pobre, a classe média. Quando crescermos menos por causa desses juros, porque ninguém consegue investir assim, haverá menos emprego. O juro é muito nocivo. A carga está tão alta que acaba matando o paciente com muito remédio. Não precisava estar em 15%. É o terceiro maior juro do mundo. Todos os países diminuindo e o Brasil não sinaliza corte. Acho que isso não fica de pé. Precisamos de um pacto da sociedade para diminuir esses juros, atacando as causas.
Mas como reduzir juros com a atual política fiscal e o nível de gastos do governo? Existe uma fórmula?
O juro não é a causa, é a consequência. Um dos fatores principais é a credibilidade fiscal. Não podemos ter a soberba de achar que estamos fazendo a coisa........





















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