Marcos Magalhães, CEO do BS2, fala sobre a entrada do banco no mercado de criptoativos
Marcos Magalhães, CEO do BS2, é o entrevistado de hoje na temporada Minas S/A Desenvolvimento Sustentável, disponível em todas as plataformas de O TEMPO.
Nascido em Belo Horizonte como Banco Bonsucesso, o BS2 passou por uma transformação profunda nos últimos anos: deixou a operação de pessoa física, fortaleceu sua governança e consolidou-se como um banco digital com atuação InfraTech.
Magalhães fala sobre sua trajetória no mercado financeiro, o avanço da carteira de crédito e da linha de serviços, a estratégia de diversificação do carteira, a expansão no segmento PJ e os desafios de operar em um cenário de juros elevados, além da crescente relevância do mercado de criptoativos e da necessidade de robustez em compliance nesse ecossistema.
A seguir, a entrevista de Marcos Magalhães na íntegra em vídeo:
Você tem uma experiência enorme no mercado financeiro, não é? Passou 15 anos só no Itaú Unibanco, depois em vários bancos e fintechs. O que ela trouxe, o que você trouxe para o BS2?
Meu primeiro emprego foi como trainee de um banco que, por coincidência, também era de origem mineira, o Banco Nacional. Desde então, com um pequeno intervalo em outros setores, só trabalhei no mercado financeiro. Uma curiosidade: um dos primeiros projetos em que trabalhei na McKinsey foi a privatização do BEMGE.
No BS2, quando você assumiu como CEO em 2021, eu vi uma fala sua de que você queria dar mais robustez à governança do BS2 e aumentar a escala. Quatro anos depois, pandemia e todos aqueles desafios, você acredita que conseguiu ou tem muito mais para fazer?
Sempre tem mais para fazer, mas essa diretriz veio dos acionistas, que queriam uma governança diferente. Minha ideia inicial era aceitar posições de conselho, mas a conversa evoluiu para eu ser CEO. A orientação foi fortalecer a governança: compor o conselho com pessoas de fora, criar comitês específicos como auditoria, gestão de pessoas e estratégia, e trazer especialistas independentes para contribuir tecnicamente. Também instituímos mecanismos de gestão de pessoas, com avaliação de performance, metas e acompanhamento de resultados, base da meritocracia. O conselho está muito satisfeito. O segundo tema era crescer o banco saindo do atendimento à Pessoa Física, que tinha 700 mil correntistas. Para um banco digital, minha convicção era de que seriam necessários pelo menos 10 milhões de clientes. Era pouco. Concordamos então em concentrar o banco na atuação para empresas (PJ).
E isso levou muito tempo?
Combinamos isso em junho de 2021 e concluímos no primeiro semestre de 2023. É um processo longo. Demos alternativas aos clientes, fizemos acordos de transferência de base, como com o Bradesco, e vendemos negócios relacionados à Pessoa Física. Simplificamos os ativos do banco.
É um caminho sem volta, Marcos? Essa base ser só PJ?
Nunca diga nunca, mas hoje não temos nenhuma iniciativa focada em Pessoa Física. Há muito a fazer na Pessoa Jurídica. A escolha por PJ tem mais relação com a vocação do banco. Já existia uma área que trabalhava com middle market, embora pequena. Então já havia know-how para crédito e serviços para empresas. O balanço do banco cresceu bastante. Tínhamos uma carteira de crédito de R$ 500 milhões, R$ 600 milhões, hoje temos uma carteira de R$ 4 bilhões. Aumentamos muito a robustez. Em quantidade de clientes, não, mas o ticket médio melhorou bastante.
O banco continua controlado pela família Pentagna Guimarães? Como está essa composição acionária?
A composição praticamente não mudou. Temos executivos como acionistas minoritários, via programa de incentivo, mas os controladores continuam sendo os membros da família.
A abertura de capital (IPO) — o banco já pensou nisso há uns tempos, mas com a pandemia e o mercado péssimo (continua, aliás) — essa discussão pode voltar para o banco crescer........© O Tempo





















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