Hesitações no PS, crimes de guerra em Gaza
A derrota nas eleições legislativas que transformou o Partido Socialista na terceira força parlamentar parece ter deixado o partido fundado por Mário Soares sem saber o que fazer à vida. Depois de umas eleições que não foram mais do que uma entronização de José Luís Carneiro – o único que se atreveu a enfrentar Pedro Nuno Santos, diga-se – o novo secretário-geral socialista tem recorrido a toda a sua diplomacia e moderação para não ferir suscetibilidades e tentar agradar a todas as alas do partido. E assim dificultar a sua afirmação.
A candidatura às eleições presidenciais é o exemplo mais gritante. Perante o avanço de um ex-secretário-geral do PS, António José Seguro, a quem as sondagens indicam a possibilidade de um bom resultado, Carneiro hesita, duvida e adia uma eventual decisão para depois das eleições autárquicas. Parece a todo o momento estar a ceder à ala ‘costista’ para quem o lema destas eleições parece ser «todos menos Seguro», mesmo que isso leve a uma derrota estrondosa. Para esses, movidos por ódios antigos, pouco parece importar que há 20 anos que o PS não apresenta um candidato com reais possibilidades de chegar à presidência da República. Primeiro desejaram........
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