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A ilusão da verdade

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26.07.2025

Na noite das eleições regionais na Madeira, a 24 de setembro de 2023, Luís Montenegro decidiu clarificar a sua posição quanto à relação futura com o partido de André Ventura: «Nós não vamos governar nem a Madeira, nem no país com o apoio do Chega, porque não precisamos». Dias depois, quando lhe pediram para clarificar o que aconteceria se precisasse do apoio do partido de direita populista, proferiu a expressão que desde então se popularizou: «É muito simples, não é não». E ainda acrescentou: «Eu nunca farei um acordo político de governação com o Chega».

Para bom entendedor, ficou claro o que queria dizer: estavam excluídas coligações pré ou pós eleitorais com o Chega, bem como acordos gerais que tornassem um Governo da AD dependente do apoio de André Ventura. Uma promessa reforçada – e validada pelos eleitores – nas legislativas de 2024 e 2025.

Apesar de nunca ter quebrado esse compromisso, a verdade é que a discussão sobre se o «não é não» se mantém ou não parece ter ocupado uma boa parte do debate político, com a esquerda a querer atirar a AD para os braços do Chega em todas as oportunidades. No final de maio, Mariana Mortágua já declarava que «o «não é não» caiu e Montenegro está pronto........

© Jornal SOL