Refundar o Templo da Autonomia
Há pedras que o mundo rejeita, mas que devem ser escolhidas para reerguer o templo.
A Madeira e os Açores, desde há muito, são tratados como pedras periféricas, úteis quando convém, esquecidas quando se levantam. E, no entanto, são pedras fundas, polidas por séculos de coragem, fé e trabalho. É tempo de lhes reconhecer o lugar no edifício nacional. Não por favor, mas por justiça.
Desde o séc. XIX, muito se construiu. Mas o edifício da atual Autonomia nasceu com alicerces curtos e paredes frágeis. As suas colunas tremem perante o centralismo legal, cultural e jurisprudencial crónico. E a luz, que deveria entrar pelas janelas da equidade, foi obscurecida por acórdãos e teleologia assente em desconfianças e........
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