Fronteiras iluminadas
Há máximas que resistem ao tempo porque condensam séculos de sabedoria. “Em Roma, sê Romano” é uma delas. Não nasce de qualquer chauvinismo estreito, mas do reconhecimento de que a civilização, esse delicado bordado de hábitos, valores e instituições, requer ordem, continuidade e fidelidade a um espírito comum. A imigração sem critérios, o multiculturalismo dissolvente e a arrogância da nova casta de “expatriados” ricos são, todos eles, sintomas de uma era que confunde mobilidade com pertença, e tolerância com capitulação cultural.
Portugal enfrenta uma alteração demográfica sem precedentes: em apenas seis anos, o número de imigrantes quadruplicou. Não se trata aqui de integração progressiva e criteriosa, mas de entrada massiva, frequentemente irregular, promovida por elites políticas ingénuas e empresários de vistas curtas, para quem o Homem se resume a mera unidade económica descartável, enquanto........
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