Por detrás da burqa (parte 2)
Na primeira parte desta crónica abordei a complexidade do tema, sobretudo na ótica liberal. A questão ficaria rapidamente sanada para dois extremos: para os que desconfiam de tudo o que é muçulmano e diferente, rejeitando a sua cultura tout court; e para aqueles que, em nome de um relativismo cultural que igualiza o que não é igual, se presta a aceitar atropelos a direitos humanos em nome do respeito por culturas diametralmente opostas – sobretudo no respeito, ou falta dele, dessas culturas por esses mesmos direitos.
Um exemplo. A mesmíssima cultura opressora talibã que foi relativizada em Portugal pela esquerda radical, que a considerou «digna de um segundo olhar», é agora defendida através de um dos seus símbolos de opressão, a burqa. A mesmíssima esquerda que passou os últimos dez anos a brandir contra as micro-agressões, contra pronomes mal empregues, a favor do direito de homens biológicos poderem concorrer em competições femininas, a praticar a cultura de........





















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