Reflexão: O futuro da Defesa Europeia!
Desde a sua fundação em 1949, a NATO tem sido o escudo protetor da Europa Ocidental, um compromisso forjado no pós-guerra que garantiu décadas de estabilidade. Durante a Guerra Fria, ergueu-se como uma muralha contra a expansão soviética. Com a queda do Muro de Berlim, expandiu-se para Leste, acolhendo países que, durante décadas, viveram sob a sombra da Cortina de Ferro.
Mas e se, um dia, essa rede de segurança desaparecer?
É inegável que os Estados Unidos são o pilar central da NATO, fornecendo a maior parte do financiamento, da tecnologia militar e da capacidade operacional. Se, por uma reviravolta política, Washington se afastasse do compromisso com a segurança europeia, ou se a Aliança colapsasse, os países do Velho Continente teriam de encarar uma nova e incerta realidade.
Atualmente, poucas nações europeias cumprem a meta de gastar 2% do PIB em defesa. Sem a NATO, os orçamentos militares teriam de aumentar drasticamente, exigindo cortes em áreas essenciais como a saúde, a educação e a inovação. A dependência da tecnologia e do apoio logístico norte-americano tornaria evidentes as vulnerabilidades estratégicas do continente. Sem esse suporte, a Europa teria de erguer, a um ritmo vertiginoso, novas capacidades militares para garantir a sua própria segurança.
O impacto geopolítico seria igualmente profundo. Uma NATO enfraquecida ou........
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