Terras-raras e corn flakes
As agora tão mediáticas terras-raras constituem um conjunto de dezassete elementos químicos metálicos que compreende os lantanídeos – do lantânio (número atómico 57) ao lutécio (número atómico 71) -, o escândio (21) e o ítrio (39). Este último foi o primeiro a ser descoberto, em 1794, pelo finlandês Johan Gadolin, e o seu nome foi inspirado em Ytterby, a aldeia sueca de onde provinha o mineral negro (gadolinite ou ytterbite) em que foi identificado.
A designação coletiva de ‘terras-raras’ deve-se ao facto de estes metais terem sido originalmente encontrados na forma de óxidos, os quais eram classificados no século XVIII como ‘terras’, ou seja, substâncias insolúveis em água e resistentes a alterações químicas por ação do calor. No entanto, a sua suposta raridade não se confirmaria: alguns são relativamente abundantes na crosta terrestre – em quantidades comparáveis às do cobre e do estanho – ainda que, na maioria dos casos, não se encontrem em depósitos concentrados e exploráveis.
Em 1803, os suecos Jacob Berzelius e Wilhelm Hisinger e, em separado, o alemão Martin Klaproth identificaram o cério, um lantanídeo. Seguindo a antiga tendência de associar os metais a astros – o........
© Jornal SOL
