Silêncio japonês, o luxo que podia curar Portugal
Viajar pelo Japão é trocar de frequência mental. Três semanas bastaram-me para perceber que o ruído lá tem outra gramática: Tóquio, onde o caos parece coreografado; Quioto, onde o passado anda descalço; Osaka, onde o riso é alto, mas nunca inimigo; e Okinawa, onde o mar parece ter aprendido a meditar. Tudo funciona com uma serenidade quase poética: comboios que chegam à hora certa, ruas sem lixo, gestos de altruísmo que não se cobram.
Não fui ao Japão à procura de espiritualidade – mas há lições que só se aprendem longe do nosso barulho. Lá, o civismo é uma forma de respeito silencioso. E o silêncio, quando nasce do cuidado, tem o som mais elegante de todos.
Há uma beleza quase perturbadora nessa harmonia: ninguém precisa de ser lembrado para fazer o óbvio. A cortesia é instintiva, a delicadeza não se exibe. A certa altura, dei por mim a falar mais baixo, a mover-me com........





















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