Europa em encruzilhada: o futuro joga-se entre Kyiv e Moscovo
As medidas que entram em vigor na Ucrânia e na Rússia a partir de Setembro de 2025 revelam duas realidades que, embora ligadas pela guerra, caminham em direções radicalmente diferentes. De um lado, Kiyv procura reforçar a resistência nacional com reformas sociais e educativas; do outro, Moscovo intensifica a repressão, aprofunda o controlo sobre os cidadãos e institucionaliza retrocessos sociais.
Na Ucrânia, a guerra obriga a escolhas difíceis, mas também a medidas que procuram equilibrar segurança e coesão social. Um dos exemplos mais visíveis é a obrigatoriedade de câmaras corporais para funcionários dos Centros de Recrutamento, uma resposta às críticas sobre abusos no processo de mobilização. Trata-se de um passo que procura garantir transparência e credibilidade numa área particularmente sensível.
Outro sinal da militarização inevitável do país é a introdução de formação militar obrigatória nas escolas. A disciplina substitui a anterior “Defesa da Ucrânia” e será obrigatória para rapazes e opcional para raparigas. A mensagem é clara: cada cidadão deve estar preparado para defender o país.
Mas não é apenas de guerra que se fala. O governo de Kiyv anunciou também bolsas de estudo reforçadas, apoios à habitação para deslocados internos e bónus salariais para professores. São medidas que procuram assegurar que, mesmo em cenário de conflito prolongado, há futuro para os jovens e alguma estabilidade para as famílias.
No mesmo dia em que a Ucrânia reforça a transparência, a Rússia aprofunda o controlo. Novas leis tornam obrigatória a gravação de........
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