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Sentinelas da cultura

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19.06.2025

Há um encanto na luminosidade do Noroeste Pacífico, aquela luz que inspirou pintores, cativou escritores e foi explicada por cientistas, porque funde as cores da extraordinária paisagem natural de Vancouver num cenário cinematográfico e quase onírico.

Harbourfront é uma das zonas nobres da maior cidade da Colúmbia Britânica, uma floresta de arranha-céus com amplas avenidas, mas com uma surpreendente tranquilidade à beira-mar.

Os dias são longos no final da Primavera e muito cedo se vêem os corredores e os que passeiam cães, figuras matinais típicas das megalópoles ocidentais. Mais tarde começa a azáfama dos hidroaviões, que circulam como ruidosas aves metálicas, partilhando momentaneamente as águas com embarcações de todos os portes, num pano de fundo arrebatador, onde as montanhas com os picos cobertos pelo branco da neve se destacam.

As extensas cidades norte-americanas não foram pensadas para serem percorridas a pé, mas insisto e verifico que até Gastown o passeio é agradável. Hoje é um bairro trendy, repleto de lojas de souvenirs e restaurantes, com turistas de telemóvel em punho à espera de captar o apito fumegante do curioso relógio a vapor. Mas foi aqui que nasceu Vancouver e o interesse histórico está preservado nos edifícios construídos no final do século XIX e início do século passado.

A cannabis não é apenas legal no Canadá, é para muitos um hábito diário e público.........

© Jornal SOL