O simbolismo de Badinter
Há coincidências irónicas e não resisti a sorrir quando, chegado a Paris, foi noticiada a demissão de Sébastien Lecornu, primeiro-ministro que esteve apenas 27 dias no cargo, confirmando que a crise política francesa está para durar.
A oposição maioritária, à esquerda e à direita, apelou à dissolução da Assembleia Nacional e à consequente convocação de novas eleições. A demissão do Presidente da República era também exigida como saída do caos, mas Macron preferiu o silêncio e, dias depois, renomeou Lecornu, num golpe visto como um sinal da decadência do regime por cada vez mais pessoas.
Enquanto, na imprensa, se questionava quanto tempo duraria o novo governo, preparava-se na Rue Soufflot a cerimónia de entrada de Robert Badinter no Panteão. Turistas e locais circulavam nos passeios, sem grande curiosidade pelas instalações que ocupavam a rua e cortavam a circulação automóvel.
Badinter foi o ministro da Justiça nomeado por François Mitterrand que, em 1981, aboliu a pena de morte em França. No entanto, esta não foi uma medida isolada, foi antes o símbolo de uma alteração estrutural. Recorde-se a amnistia em massa decretada pelo........





















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