Mandarins Sem Rosto
Não me lembro de ter ouvido um político referir-se a nós na primeira pessoa do plural. Invariavelmente expressam-se na terceira pessoa do singular, referindo-se a um distante ‘povo português’.
Essa distância não é inferior à que separava o pacato Teodoro, deitado no frio e húmido quarto em que vivia na casa de hóspedes da D. Augusta, à Travessa da Conceição, n.º 6, em Lisboa, da Grande Muralha da Tartária. Refiro-me ao personagem de O Mandarim, de Eça de Queiroz, que um dia ao ler um texto intitulado Brecha das Almas, se deparou com a seguinte tentação (uso as palavras do próprio Teodoro, tal como lhe foram colocadas na boca pelo Eça): «No fundo da China existe um mandarim mais rico que todos os reis de que a fábula ou a história contam. Dele nada conheces, nem o nome, nem o semblante, nem a seda de que se veste. Para que tu herdes os seus cabedais infindáveis, basta que toques essa campainha, posta a teu lado, sobre um livro. Ele soltará apenas um suspiro, nesses confins da Mongólia. Será então um cadáver: e........© Jornal SOL





















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