Era uma vez um gato
Antes das vis inversões wokistas de Cinderelas lésbicas e Brancas de Neve transgéneros os contos infantis ainda guardavam certos elos perenes. Entre esses contos eu preferia O Gato das Botas, aqui dito num ai: era uma vez um moleiro que ao morrer deixou o moinho ao filho mais velho, um burro ao do meio e um gato ao mais novo, assim privado de meios de subsistência; suprindo tal desamparo e para surpresa do rapaz o gato falava e pediu apenas um saco e um par de botas com os quais caçou lebres e perdizes, ofertando-as ao rei em nome do Marquês de Carabás, assim fazendo fidalgo o agora seu amo e senhor; com astúcia e peripécias ágeis depressa inventou herdades e fez da princesa, filha do rei, apaixonada pelo novo Marquês; por fim, entrou no castelo de um rico ogre, vaidoso mágico que, por arrogância se fez leão e por tolice, rato, que o gato, com botas ou sem elas, depressa devorou num salto; a princesa casou com o rapaz e reinaram felizes. O engenho vence a indigência anunciada.
Na minha........
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