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O Luto Coletivo: quando a dor é de todos

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26.09.2025

Este ano, Portugal tem vivenciado perdas impactantes, como as mortes do jogador da seleção nacional, Diogo Jota e o seu irmão, e mais recentemente, o acidente do elevador da Glória. Estranhamos a tristeza que nos invade em situações como estas, uma vez que nem estamos ligados emocionalmente a estas perdas, podendo até ter receio de estar envolvidos em acidentes trágicos deste tipo, num futuro que não contemplamos. Chegamos até a aceder a alguma emoção mais expressiva e a observar alterações em nós, cognitivas, comportamentais e físicas, para além das emocionais. Ter dificuldade em dormir, ter menos ou mais apetite, ter pensamentos recorrentes do incidente e de que poderia ter sido connosco, ou até a evitar locais que nos lembrem o acontecimento, alterando rotinas dos nossos dias. Esses são exemplos de reações naturais que podem ser sentidas e vivenciadas. Numa tragédia ou situação mediática, ficamos mais perto da iminência da morte, do confronto com a finitude, não se estando preparado para pensar sobre isso com naturalidade, apesar de sabermos que algum dia acontecerá. Como nos diz Irvin Yalom “Nem........

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