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O Estado da Nação

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1. Dois meses depois das eleições legislativas, a realidade dos factos sobrepõe-se às ilusões vendidas durante a campanha eleitoral. O primeiro-ministro chega ao debate do Estado da Nação com um país em convulsão, que enfrenta um conjunto sério de problemas que o Governo insiste em ignorar. Com a economia a dar sinais claros de desaceleramento, com os problemas que se avolumam no Serviço Nacional de Saúde, aos quais se junta a total ausência de respostas para a habitação, o primeiro-ministro de Portugal preferiu embarcar numa agenda populista trocando o seu «não é não» por um entendimento de conveniência com o Chega em matéria de imigração, distraindo os portugueses dos reais problemas do país e dificultando a vida dos cidadãos imigrantes.

Ao colocar a imigração no centro do debate, nos termos em que colocou, com insinuações perigosas desmentidas pelos factos, abandonando os valores democráticos essenciais de inclusão, justiça e solidariedade o PM deixou claro que governa com medo. Medo da extrema-direita, medo da impopularidade, medo da responsabilidade.

Sejamos claros: o Estado da........

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