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“Tremembé”: quero de volta as cinco horas de vida que perdi

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monday

Não vejo sentido em gastar meu tempo vindo aqui para “detonar” um produto cultural. Mesmo que esse produto seja uma série tão tão tão tão ruim quanto “Tremembé”. Por dois motivos: primeiro porque está cheio de livros, filmes e séries para eu recomendar. Como o novo livro da Adélia Prado. Aliás, já leram? Em segundo lugar, porque sempre ou quase sempre é possível tirar algo de bom de um livro/filme/série/música ruim.

Afinal, se nossos colegas da Aceprensa conseguiram encontrar qualidades admiráveis até mesmo na “Branca de Nevewoke... Mas duvido que encontrassem algo de bom para falar sobre “Tremembé”. E é por isso que venho aqui hoje: para que ninguém diga que não foi avisado. Para que ninguém cometa o mesmo erro que cometi e perca cinco preciosas horas de uma vida idem. E para refletir rapidamente sobre a nossa indigência cultural. Nosso imaginário miserável. Nossa mediocridade estética. Nosso analfabetismo narrativo.

Como disse, no sábado perdi cinco horas da minha vida assistindo a “Tremembé”. E o pior: não, ninguém me mandou assistir àquilo. Vi porque quis. Por minha livre e espontânea vontade. A princípio, com curiosidade. Quero ver até onde vai esse caminhão desgovernado aí. Depois, com um inegável masoquismo. Por fim, com curiosidade de novo. Isto é, me perguntando a cada cena........

© Gazeta do Povo