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A vingança da beleza

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Nos últimos anos, o mundo da publicidade foi dominado por uma agenda ideológica que priorizou mensagens de diversidade, representatividade e inclusão, ignorando os próprios fundamentos da atividade. A beleza feminina foi rebaixada ao status de símbolo da opressão patriarcal. Comerciais passaram a doutrinar, em vez de seduzir – e perderam sua eficácia.

Mas isso pode estar começando a mudar. Diversas marcas estão reavaliando suas estratégias para evitar a fuga em massa de seu público. Podemos estar vivendo um momento de inflexão cultural, com o declínio da agenda woke e a reafirmação de um dos princípios mais antigos da publicidade: beleza vende. Especialmente a beleza feminina.

Estudos de neuromarketing mostram que imagens de pessoas bonitas ativam impulsos profundos de desejo, admiração, inveja e imitação, ao ativarem áreas do cérebro associadas ao prazer e à recompensa. Isso aumenta o engajamento de qualquer marca. Mulheres bonitas, particularmente, criam uma associação emocional positiva, fazendo com que os consumidores vinculem a beleza da mulher à qualidade do produto.

O ativismo woke tentou negar essa realidade e decretou que cultuar a beleza feminina é objetificar, oprimir e excluir. A publicidade embarcou na onda e se transformou em mais uma vitrine da política, onde ostentar virtude e agradar minorias passou a importar mais que  conquistar consumidores.

Durante anos, grandes marcas ligadas à beleza e à moda incorporaram em suas campanhas a desconstrução dos padrões tradicionais de beleza. Modelos plus size, transgêneros, pessoas com deficiência, idosas e homens feminilizados passaram a........

© Gazeta do Povo