Nunca foi pela Palestina nem pelas crianças de Gaza
Com a assinatura do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza por Israel e pelo Hamas na semana passada, como primeiro passo do plano de paz proposto pelo presidente americano, Donald Trump, seria de se esperar que os grupos pró-Palestina pelo mundo afora, inclusive no Brasil, comemorassem a perspectiva de uma paz duradoura na região com entusiasmo, dançando nas ruas.
Mesmo levando em conta que os líderes e muitos integrantes dos grupos pró-Palestina celebram o massacre e as barbaridades perpetradas pelo Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023, em meio a atos de assédio moral e a ataques aleatórios promovidos contra os judeus em diversos países, havia certa expectativa – provavelmente ingênua – de que a paralisação da guerra seria bem recebida pelo “movimento”.
Afinal, eles passaram os últimos dois anos realizando “protestos” 24 horas por dia contra um suposto “genocídio” cometido por Israel, que teria tirado a vida de “milhares de crianças”, e defendendo um “cessar-fogo imediato” no território. Com os seus keffiyehs e bandeiras da Palestina em profusão, eles reivindicavam também a retomada da “ajuda humanitária” internacional, que teria sido interrompida pelos israelenses durante o conflito e provocado uma fome generalizada em Gaza.
Além disso, o acordo – que incluiu a libertação dos reféns israelenses ainda detidos pelo Hamas, vivos ou mortos – teve amplo apoio não só do Ocidente, mas também dos países islâmicos. Inclusive da França, do Reino Unido e do Canadá, além da Austrália, que dias antes reconheceram unilateralmente o Estado Palestino, além da Turquia e do Catar, que........
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