Rejeição à “masculinidade ideológica” de Toni Garrido mostra que há luz no fim do túnel
No último sábado (4), o cantor Toni Garrido, do Cidade Negra, anunciou uma mudança polêmica na letra de um dos hits mais conhecidos da banda – a música Girassol, composta há mais de 25 anos. Segundo o cantor, o final do verso “Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino” mudou para “a grandeza de uma menina, de uma mulher”.
Algumas coisas chamaram a atenção nessa história: a primeira é que a mudança foi anunciada em canal aberto, no programa Altas Horas, do apresentador Serginho Groisman. Ou seja, para o público amplo, fora da “bolha” progressista.
E a outra foi a justificativa de Toni Garrido: “Durante anos a gente cantou, e eu tinha certeza que eu estava cantando uma canção certa, de amor, e que estava fazendo bem para as pessoas. Um dia bateu uma ficha: hétero, machista, horrível”.
Essa combinação gerou um efeito completamente oposto ao que o cantor esperava, a começar pela reação da plateia: risos no lugar dos esperados aplausos. Ninguém levou a sério – nem os fãs, nem os não fãs. Isso porque a onda da “masculinidade tóxica” e do uso forçado do rótulo de “machista” finalmente dão sinais claros de esgotamento.
No lugar do apoio incontestável que por tantos anos a militância feminista se acostumou a dar, veio o silêncio, e até mesmo um certo desconforto. Já do público amplo, predominou uma crítica muito contundente, sobretudo dos próprios fãs da banda, que não aceitaram mudar uma música consagrada apenas para que o cantor acenasse para uma pequena militância.
A reação negativa foi tamanha que obrigou Toni Garrido a desativar os comentários nas........
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