Para onde vai a direita depois da prisão de Bolsonaro?
Uma dificuldade de muitos ao fazer análises políticas é que precisamos saber de onde viemos para saber onde estamos e, por fim, para onde vamos. As famosas três perguntas dos mineiros: Doncovim? Noncotô? Prundieuvô? Ou poderíamos — e deveríamos — ampliar o escopo da questão.
Não se tratam exatamente de análises políticas, mas sim de questões públicas. Problemas coletivos. Destinos compartilhados. Vicissitudes que, não necessariamente, vão passar por partidos, eleições, burocratas engomadinhos e tiranetes com vocabulário brega, que não sabem a terceira declinação de latim.
Por isso, para entender a possível queda de Bolsonaro, antes seria preciso compreender como Bolsonaro foi parar lá e como o Brasil passou a ter algo que possa ser chamado de “direita”. Antes ainda de se pensar nas eleições de 2018, quando algo meio amorfo que pode ser chamado de “direita” passou a existir politicamente, deve-se entender o que a direita estava fazendo.
Para tanto, urge entender que, mais do que vivermos em um momento que periga ser “pós-Bolsonaro”, certamente estamos sob os auspícios de uma era pós-Olavo de Carvalho
O professor Olavo de Carvalho, que pensou sozinho em termos conservadores, quando até estar um tiquinho mais a favor do PSDB do que do PT ainda era um palavrão, não tinha pretensões político-partidárias como nesta circunstância atual, na qual o único assunto das redes sociais é um eterno regressus ad infinitum da mesma discussão partidária.
Seu trabalho, em termos exageradamente brutos, era criar uma espécie de cultura conservadora que pudesse rivalizar e, paulatinamente, substituir a dominação esquerdista nos meios que controlam a produção cultural —........





















Toi Staff
Sabine Sterk
Gideon Levy
Tarik Cyril Amar
Stefano Lusa
Mort Laitner
John Nosta
Ellen Ginsberg Simon
Gilles Touboul
Mark Travers Ph.d
Daniel Orenstein