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O incrível furto de champanhe cujo suspeito é juiz da Lava Jato

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02.11.2025

“Tirem o crack do roteirista do Brasil” é uma frase que já se tornou comum nas redes sociais, um verdadeiro meme. Às vezes parece mesmo que nosso roteirista está sob influência de drogas pesadas, de tanto que os acontecimentos parecem ter saído de um roteiro de comédia política mal escrita. Mas, infelizmente, é tudo real.

O juiz federal Eduardo Appio foi afastado do cargo. Ele é aquele que herdou de Sérgio Moro a Vara da Lava Jato, em Curitiba, e se autointitulava o “renovador” da Lava Jato — mas que atuava, na verdade, como o seu coveiro. E o motivo do afastamento é digno de um roteiro tragicômico: suspeita de furto de garrafas de champanhe em Santa Catarina.

Sim, você leu certo. O homem que se dizia paladino da moralidade, que acusava a Lava Jato de ilegalidades e que tentava reescrever a história da maior operação anticorrupção do mundo, agora é investigado por furto de espumante. É o retrato perfeito da hipocrisia daqueles que buscavam um cisco no olho da Lava Jato, mas cultivam uma floresta em seus próprios olhos.

Para entender a ironia, é preciso lembrar quem é Appio. Durante o período em que assumiu a Vara de Curitiba, ele desmontou o trabalho de anos da Lava Jato, questionou decisões já transitadas e atacou procuradores e juízes da operação. Tudo em nome da “imparcialidade” — a mesma imparcialidade que o levava a usar a senha de computador “LUL22” e a doar para a campanha eleitoral de Lula.

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