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Se o MP quer ter agenda política destruindo um pilar essencial do Estado de Direito, que tenha a coragem de ir a votos

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24.06.2024

Nuno Saraiva
Consultor de Comunicação e Militante do PS

Já perdi a conta à quantidade de juras de apoio feitas nos últimos meses pelo Presidente da República (e, nas últimas semanas, por Luís Montenegro), a uma eventual candidatura de António Costa a presidente do Conselho Europeu.

Depois de a 7 de novembro de 2023, juntamente com a procuradora-geral da República, Marcelo Rebelo de Sousa ter sido “cúmplice” de uma tentativa de homicídio político do ex-primeiro-ministro, eis que agora, talvez movido pelos remorsos e pelo peso que transporta na consciência, aproveita todas as ocasiões para amplificar as qualidades políticas únicas do até há pouco chefe do Governo, empurrado para a demissão por um parágrafo intencionalmente insidioso que configurou, aparentemente, uma espécie de golpe de estado judicial. Mas já lá vou.

António Costa, por mais que a extrema-direita doméstica berre, a direita liberal se contorça e a direita dita conservadora morda a língua, é hoje, no plano europeu, o maior e mais credível ativo da política portuguesa. Os resultados das políticas e das reformas concretizadas nos oito anos de governação do Partido Socialista, pese embora o cargo de Presidente do Conselho Europeu não ser executivo, são o melhor cartão de visita de António Costa. A trajetória decrescente da dívida pública e do défice, o crescimento acima da média europeia – exceto nos anos de pandemia –, a forma como o governo por si liderado enfrentou a Covid-19 fazendo de Portugal uma referência nesta matéria, ou o modo bem sucedido como negociou em Bruxelas o formato do PRR com benefício para outros estados-membros, são algumas das razões para que, lá fora, muito mais do que cá dentro e de........

© Expresso


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