O Rio que sangra e amanhece
O Rio de Janeiro desperta lindo para os desavisados. Na manhã da última terça-feira de outubro, o dia amanheceu com milhares de tiros e nenhum canto de pássaro. Mais uma "operação policial" – mantra político, palavra de jornal, neutra e fria, ocultando o drama real. Saldo de 121 mortos em um só dia, tragédia que ultrapassa até o massacre do Carandiru.
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Em pleno estado de direito, a direita faz as próprias leis e define como sucesso o que aos olhos de países civilizados deveria ser entendido como barbárie. Certamente se inspiraram na ação do governo Netanyahu na faixa de Gaza, onde recentemente estagiaram: "Se ele pode lá, nós também podemos aqui". O curioso é que as pesquisas de opinião registram apoio popular a medidas dessa natureza. Cidadãos de bem certamente não percebem a sutileza de que uma sociedade que opta por matar todos os seus bandidos, se transforma também numa sociedade igualmente assassina. Sem a garantia de direitos civilizatórios, a próxima vítima pode ser qualquer um, inclusive eu e você que me lê; basta que assim nos definam.
A cidade maravilhosa parece já acostumada ao horror, embora, nos becos, as mães acordem sem fôlego, esperando não ouvir o pior. Blindados de aço desfilam nos morros como carros alegóricos. Helicópteros pairam, fumaça cobre o sol. De longe, tudo parece distante. Mas, na cerâmica quebrada das casas,........





















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