Opinião | Os traços do arquiteto: o Cais das Artes
Economista, Presidente-Executivo Da IBÁ, Membro do Conselho Consultivo do RENOVABR, Foi Governador Do Estado Do Espírito Santo (2003-2010/2015-2018)
Economista, Presidente-Executivo Da IBÁ, Membro do Conselho Consultivo do RENOVABR, Foi Governador Do Estado Do Espírito Santo (2003-2010/2015-2018)
Paulo Mendes da Rocha (1928-2021) acaba de ganhar um livro especialíssimo sobre sua trajetória. Editado pela Casa da Arquitectura, entidade à qual Paulo Mendes doou seu acervo, Geografias Construídas visa a “estimular o diálogo em torno dos princípios, da estética e da ética” do arquiteto, o segundo brasileiro a ganhar o Prêmio Pritzker, depois de Oscar Niemeyer.
Na publicação, organizada por Jean-Louis Cohen e Vanessa Grossman, o diretor-executivo da Casa da Arquitectura, Nuno Sampaio, é categórico ao descrever o capixaba: “Quem conhecia verdadeiramente o Paulo reconhecia-lhe uma capacidade superior de ver para lá da espuma dos dias. Assim era ele e sua arquitetura, feita não pelas circunstâncias do momento, mas a partir do entendimento da própria existência humana”.
A experiência vivida como base para entender e transformar o mundo era mesmo sua régua para existir, o que pudemos testemunhar ao longo da formulação e da viabilização do Cais das Artes, obra monumental por ele desenhada para sua cidade natal, fundamento de sua jornada, conforme recorda Daniele Pisani em seu artigo no livro: “‘Vitória, porto de mar. Foi ali que eu........
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