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Opinião | A abundância de textos de autoajuda estigmatizou autores que pensam a felicidade como superficiais

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02.11.2025

Coluna semanal do historiador Leandro Karnal, com crônicas e textos sobre ética, religião, comportamento e atualidades

Coluna semanal do historiador Leandro Karnal, com crônicas e textos sobre ética, religião, comportamento e atualidades

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“A felicidade, seja lá o que ela for, não depende de a vida e o mundo terem um sentido no qual eu acredite. Ao contrário, se a vida tiver um sentido fora dela, nas nuvens do paraíso ou dos sonhos, onde vivem as utopias sociais, suspeito que a gente se distrairia dela. E não sei se existe uma chance de viver uma vida plena sem destinar a esse projeto toda a nossa atenção.” Contardo Calligaris refletiu sobre isso no livro O Sentido da Vida (ed. Planeta do Brasil). Ele repetia que a vida interessante valia mais do que aquilo que o senso comum chamava de vida feliz.

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Debati muito com Contardo, há alguns anos, o que seria a vida feliz, ou, como preferia Luc Ferry, a “vida bem-sucedida”. Um dia, do nada, tudo emergiu de novo anos após o falecimento de Calligaris. Fui fazer a omelete tradicional e, ao abrir a caixa de ovos, recebi a informação de que aquele produto tinha origem em “galinhas felizes”. Sim, deveriam ser ovos alegres de........

© Estadão