“Crónicas de Lisboa”: Alma Escondida e Amordaçada
Tenho uma característica pessoal que pode acabar por me prejudicar, porque observo tudo em redor e acabo por ficar inquieto. Muitas vezes, ajo. Noutras, fico-me pela observação dos factos que me podem deixar com desconforto e preocupado. Outros, ainda, atingem-me a alma, deixando-a a “chorar por dentro”.
No título desta minha crónica, incluem-se muitos tipos de factos, porque há tantas almas escondidas e amordaçadas neste mundo tão belo, mas tão cruel também. Por exemplo, nas vítimas das guerras, da pobreza, da violência, dos desastres ecológicos, etc. Anda muita gente distraída, por opção ou porque “olha para lado” ou, fechando-se no seu egocentrismo, consegue ficar indiferente ao que o rodeia.
Trago aqui um exemplo, presenciado por mim, quando, há alguns dias, fazia uma viagem de autocarro na cidade, algo pouco frequente, e, numa certa paragem, pela porta de saída dos passageiros, mas que no caso o poderia fazer devido a transportarem um carrinho de bebés, dizia eu, entrou um casal jovem de imigrantes com um carrinho de porta bebés, contendo um recém-nascido, e sentaram-se no espaço reservado para os carrinhos de bebés ou deficientes. Esperei que fossem ao leitor dos passes ou bilhetes, à entrada junto do condutor, mas não o fizeram em toda a viagem, saindo pela porta por onde haviam entrado.
É obvio que todos os passageiros, exceto as crianças até quatro anos, pagam bilhete e, se não tiverem passe social e/ou não fizerem a validação da viagem, serão multados se houver uma fiscalização da Carris. Ele, porque ainda estávamos neste outono/verão com temperaturas quentes, vestia uma t-shirt, calções e ténis e a companheira vinha com uma burca com dois orifícios por onde poderia ver, sem mostrar sequer os olhos.
Nestes dias, muito tem sido o alarido, por vezes com posições extremadas, com muitos “opinadores” (proliferam nas redes sociais), políticos e muita gente do povo a manifestar-se contra a intenção do governo em proibir o uso da burqa no nosso país. Houve até uma manifestação, convocada através das redes sociais – muito em voga este meio – pela........





















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