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A velha Europa como farol da liberdade

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Durante décadas, convencemo-nos de que o mundo que emergiu após a Guerra Fria representava uma realidade perene. Hoje percebemos que foi apenas um intervalo. A ordem internacional voltou a fragmentar-se, as esferas de influência regressaram e a competição entre grandes potências renasceu. Neste novo contexto, a Europa encontra-se novamente no centro da História, não por escolha, mas por necessidade.

A chamada “Velha Europa” é frequentemente retratada como cansada, burocrática ou excessivamente prudente. Contudo, essa leitura ignora aquilo que constitui a sua maior força: uma experiência histórica única, construída sobre as ruínas da guerra e do totalitarismo, e transformada, ao longo de décadas, num espaço político assente no primado do Estado de direito e das liberdades fundamentais. Num mundo onde estes valores são cada vez mais relativizados, a Europa continua a representá-los de forma consistente, mesmo quando alguns dos seus próprios Estados estão a........

© Diário do Minho