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Esta imigração interessou a quem ou quê?

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wednesday

A propósito da designada nova “lei dos estrangeiros”, ficamos com a sensação de que o fluxo que vivemos de imigrantes se traduziu numa desconexão entre as necessidades do país e a dos imigrantes, quando era suposto haver uma conciliação de ambos os lados e não apenas de um.

Fala-se já em cerca de um milhão e seiscentos mil imigrantes. Pode ser bonito ver o país cheio de sotaques, cheiros e cores diferentes. Mas há que questionar se a imigração que recebemos não derivou de políticas improvisadas que não estão a servir o país. É que esta imigração, embora traga diversidade cultural e potencial humano, expõe um paradoxo: as empresas continuam a queixar-se de falta de mão de obra. Mas como, se o país nunca teve tantos imigrantes e, ainda assim, não há quem, em suficiente número, colha fruta, levante paredes ou trate doentes, para além da termos uma carga sobre os centros urbanos do litoral, acentuando a assimetria com o interior desertificado.

O problema esteve na ausência de uma política de imigração........

© Diário do Minho