O turno da noite
A descrição que aqui vos faço, corresponde à realidade de um 1.° turno (00:00/08:00) sem distorções ou exageros. Um retrato fidedigno em que qualquer polícia com funções de patrulhamento, de norte a sul do país e ilhas (exceto nas Berlengas) se reverá.
Meia-noite, cumpro o ritual do início de serviço, o mesmo independentemente do turno. É-me informado pelo graduado de serviço o "ramerrame" do costume: face à escassez de efetivo, duas esquadras limítrofes não terão carro-patrulha (CP), por tal motivo, a área adstrita às mesmas, ficam à minha inteira
responsabilidade. Uma prática há muito reiterada e que me faz sentir um (DDT), Dono Disto Tudo.
Foram apenas dez os minutos que a Central-Rádio demorou a incumbir-me da primeira ocorrência. Esta com a necessidade de apoio de uma (EIR) Equipa de Intervenção Rápida reduzida a quatro elementos ao invés dos oito conjeturados. Algo previsível e que nos deixa a todos aquela sensação de vulnerabilidade, mas em nada impeditiva para que avançássemos. Afinal, "somos........
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