menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

O ódio que arrebenta e nos consome por dentro (I)

11 0
yesterday

Ainda, não há muitos anos, certamente que menos de dez, agosto era o mês em que nada acontecia. Podíamos ir de férias e ignorar as notícias, existia um compromisso tácito de estrelas e galáxias para que golpes de Estado e revoluções ficassem em suspenso.  

Tudo o que era humano ia a banhos. Só nos agitávamos um pouco com a trágica e triste inevitabilidade dos incêndios e das placas tectónicas a chocarem umas com as outras em algum ponto do globo. “Silly season”, dizíamos.  

O mundo mudou, mas mudou mais rapidamente do que julgávamos ser possível. É agosto, uma parte substancial do país está de férias, mas agora há surpresas todos os dias e “golpadas” todas as semanas. O calor não é suficiente para nos desligarmos por completo e a crónica de hoje reflete essa minha preocupação, assumo que não totalmente consciente, de não aligeirar esta “conversa” semanal que nos vai aproximando.  

Tenho recordado os anos de liceu em que estudava as cantigas de escárnio e maldizer opostas às de amigo e de amor. Se atualizássemos conceitos adaptando-os aos dias de hoje é bem........

© Diário de Notícias