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“O que têm as artes para oferecer...”

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22.12.2025

Sa última semana participei no Seminário “Práticas Artísticas, Saúde e Intervenção Social”, integrado no projeto COMvivência(s), pro- movido pela Paisagem Periférica – Associação, em parceria com a Escola de Medicina da Universidade do Minho, a CASFIG/Guimarães, a Cruz Vermelha Portuguesa (entre outras instituições) e com financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação “la Caixa”.
Este projeto tem como principal objetivo utilizar o teatro como ferramenta criativa para promover a prática do cuidado entre moradores de bairros de Guimarães e estudantes de Medicina.
O seminário constituiu um espaço privilegiado de reflexão sobre o lugar das artes na formação médica e na prática clínica contemporânea. A intervenção que apresentei partiu de uma ideia simples, mas estrutural: a Medicina nasceu como gesto humano antes de se constituir como ciência, profissão ou sistema. Muito antes da objetividade técnica, existiam já o cuidado, a presença, a escuta e a interpretação. Durante séculos, a Medicina foi uma arte prática profundamente enraizada na relação, na observação e na narrativa, em que o saber sobre a doença era inseparável do saber sobre a pessoa.

A afirmação da ciência trouxe rigor, eficácia e conquistas inegáveis. Não existe Medicina sem ciência e........

© Correio do Minho