In Memoriam José Augusto Teixeira Maia Marques
(1952-2025), Historiador e Pedagogo

Nunca estamos preparados. Tão depressa estamos, como deixamos de estar.
Tão rapidamente e tão inesperadamente que não temos tempo para fazer o que se impõe: agradecer, abraçar, comemorar e, também, parar. “Tempus fugit” diziam os latinos… “Ars longa, vita brevis”, também o diziam.
O meu Pai viveu para o seu Sonho e teve o raro privilégio e a Felicidade de ser, exatamente, aquilo que pensou e sonhou para ele. Viveu em nome de uma ideia rara - de que ele será talvez o derradeiro representante nestes tempos plásticos de pós-modernidade líquida, como diria Baumann: a de que a Cultura, a Memória e, sobretudo, a História, a busca das nossas origens mais ou menos remotas, é o que importa. E viveu tão intensamente esta ideia que, no passado sábado, entre eventos e projetos aos quais se dedicou até ao último segundo, até ao último suspiro, até à última gota de sangue a fluir, trabalhou até ao último segundo e, naturalmente, cansado, deixou-nos.
Mas partiu - estou certo - como pensou e desejou, pessoa Sábia que era. A mais Sábia, Erudita, mas ao mesmo tempo Simples, Humilde e Ansiosa por novos projetos que conheci. A sua Maior........

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