Ontem participei num painel em Serralves, no evento Encontros com Futuro, organizado pelo jornal Público e pela REN. Entre debates sobre ESG, ambiente e estratégia, partilhei uma ideia que me acompanha há algum tempo: sustentabilidade não é caridade.
Trabalho na interseção entre sustentabilidade e inovação, e não deixo de notar que, para muitas empresas (e pessoas), estas áreas ainda são vistas como um custo ou como uma distração. Há quem continue a tratar a sustentabilidade como um luxo ético, um toque de sofisticação corporativa (tipo chantilly no café) reservado às empresas com tempo a perder ou dinheiro a mais. Algo que se faz “quando der jeito”, entre uma campanha de marketing e uma hakathon que não leva a lado nenhum.

Não é por mal, é por miopia. Ainda não estamos a ver a imagem completa do potencial da sustentabilidade. Confundi-la com despesa é um erro clássico: tratá-la como um sacrifício necessário, uma cedência nobre, mas que só traz “custos” ao negócio.........

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