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O julgamento, o assassinato e a espetacularização

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16.09.2025

Esta semana começa com uma espécie de "ressaca" das tribulações dos últimos dias. De um lado, o julgamento da Ação Penal 2668 — que trata da trama golpista — condenou, pela primeira vez na história, um ex-presidente. Em paralelo, o assassinato de Charlie Kirk escancarou a extrema polarização política que cresce nos Estados Unidos (e no mundo). Tudo isso enquanto o Nepal enfrentava protestos políticos sem precedentes e cheios de camadas. No meio desse furacão, acho importante chamar a atenção para os ventos que embalam essa tempestade: a espetacularização.

O conceito não é necessariamente novo ou conhecido. A data de surgimento é incerta, mas ele foi sistematizado no livro A sociedade do espetáculo, de Guy Debord, em 1967. Em linhas gerais, a espetacularização é o processo de transformar eventos em algo dramático e excessivo, com o objetivo de chocar, atrair atenção e manipular o comportamento público.

É claro que o assassinato de Kirk, o julgamento da trama golpista e a crise no Nepal já são relevantes por si só — não precisam de drama para ganhar as páginas dos jornais. Contudo, precisam, sim, de um........

© Correio Braziliense