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O Globo de Ouro e a democracia

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08.01.2025

A vitória de Fernanda Torres, no Globo de Ouro deste domingo (5/1), como melhor atriz de drama encheu a nação brasileira de orgulho. Fernanda representou todo um país no topo da sétima arte ocidental ao desbancar as atrizes "classe A" de Hollywood. Os ganhos, porém, não param por aí. É imprescindível lembrar que a vitória de Fernanda também é uma vitória da democracia brasileira perante as tragédias da ditadura que o país viveu.

Para quem não sabe, no filme Ainda estou aqui, Fernanda interpreta Eunice Paiva, a esposa de Rubens Paiva, um desaparecido político dos anos de chumbo no Brasil. Advogada e ativista, Eunice lutou a vida toda pelo direito de encontrar ou, pelo menos, enterrar o marido.

A história de Eunice, interpretada por Fernanda, não é a única no país. Centenas de brasileiros — em extensão, os seus familiares — sofreram perdas irreparáveis durante a ditadura militar. Segundo dados levantados pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), com relatórios publicados no fim de 2014, 210 brasileiros que foram presos seguem desaparecidos até hoje.

De acordo com o livro Direito à memória e à verdade, publicado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República,........

© Correio Braziliense